O mercado de trabalho evolui a uma velocidade estonteante. Antecipar as necessidades das profissões do futuro, no mercado de trabalho extremamente competitivo como o que enfrentamos atualmente, representa, assim, um enorme desafio. Para além disso, o aumento do trabalho híbrido e a acelerada transformação digital vieram alterar completamente as tendências de procura de competências por parte das organizações. Quais são então as competências necessárias em 2022?
Apesar das competências técnicas (ou as chamadas “hard skills”) serem necessárias para realizarmos corretamente o nosso trabalho, os especialistas defendem que as seguintes competências, soft skills, terão uma elevada procura no próximo ano.
1. Capacidade de Comunicação
Independentemente da sua área ou do tipo de trabalho que desempenha, da localização do seu escritório (híbrido) e até do sector em que trabalha, há uma realidade que se mantém: toda a gente precisa de competências de comunicação. Transmitir a sua mensagem através de e-mail, Slack ou uma chamada de Zoom pode ser mais difícil do que numa reunião cara a cara, ou pode até já se ter apercebido que o tom ou significado das mensagens acaba por ser, por vezes, mal interpretado quando comunicadas através destes canais digitais. É necessário um tipo diferente de comunicação. Como é que se aborda então esta questão?
Poderá começar por investir no upskilling (ou reskilling para alguns) das competências interpessoais e linguísticas. Para além de transmitir claramente a sua mensagem, o aperfeiçoamento desta competência minimizará as falhas de comunicação e os conflitos, permitindo ainda a colaboração mais eficaz entre colegas locais e internacionais. Com a crescente utilização de ferramentas de comunicação online é cada vez mais importante sermos capazes de comunicar de uma forma clara e direta. No entanto, sermos diretos na comunicação, não implica sacrificarmos a nossa bondade, produtividade ou relações. Os líderes e membros das equipas devem desafiar-se a adotar esta forma de comunicar em todas as áreas da sua vida profissional. Já que este tipo de comunicação pode representar um enorme desafio ao início, é importante considerar a introdução de cursos ou formações sobre o tema.
Ao longo da pandemia, houve quem sentisse que tinha perdido ou ganho mais tempo pessoal. Seja qual for a situação em que se reveja, é importante reconhecer que o contexto e as prioridades de cada colaborador divergem. É fulcral dotarmos os colaboradores da capacidade de gerir o seu tempo para que possam ter um melhor controlo sobre a sua vida pessoal e profissional sem se sobrecarregarem e potencialmente impactarem a sua saúde mental. A melhor gestão de tempo permitirá aos colaboradores rapidamente alternar entre tarefas e responsabilidades à medida que o mercado de trabalho se vai tornando mais ágil.
A Gestão de Tempo não se aplica apenas a colaboradores em trabalho remoto ou híbrido, uma vez que as horas de trabalho são algo que poderá também eventualmente vir a sofrer alterações. Várias empresas em todo o mundo estão atualmente a experimentar e até mesmo a mudar definitivamente para uma semana de trabalho mais curta, dando às organizações mais uma razão para investirem na melhoria das competências de gestão de tempo dos seus colaboradores, de forma a não sacrificar a eficiência.
Na Islândia, as experiências com semanas de trabalho de quatro dias foram um “sucesso esmagador”, segundo os investigadores, e levaram a que muitos colaboradores passassem a ter horários mais reduzidos. Estas experiências, em que os trabalhadores receberam a mesma remuneração para um horário mais pequeno, tiveram lugar entre 2015 e 2019. Na maioria dos locais de trabalho, a produtividade manteve-se ou até melhorou, de acordo com os investigadores. Várias outras experiências estão agora a ser realizadas em todo o mundo (2021), incluindo Portugal.
Em consequência da disseminação do trabalho híbrido no decurso do último ano, as empresas enfrentaram e irão continuar a enfrentar novos desafios, principalmente no que diz respeito à forma como as equipas colaboram. A capacidade de trabalho em equipa pode ser aprendida e desenvolvida como qualquer outra competência. De forma a trabalharem mais eficiente e eficazmente em equipa, os colaboradores podem ter formação, por exemplo, em ferramentas de colaboração à distância como as do pacote Microsoft 365.
Por outro lado, a necessidade de fomentar uma maior diversidade e inclusão no local de trabalho, tem impactado a forma como as organizações têm vindo a realizar o recrutamento e integração dos colaboradores nas equipas. Na linha da frente, surgem as perguntas colocadas pelos candidatos durante os processos de seleção ou as expectativas dos empregadores relativas à criação de culturas de trabalho mais inclusivas. É fundamental abordar estas questões e preocupações e preparar os gestores para reconhecerem e tratarem devidamente estes temas.
Não é novidade nenhuma que os colaboradores que são felizes são mais produtivos e sentem-se mais realizados no seu trabalho. Mas de que é que precisam realmente os profissionais para serem mais felizes e resilientes? De acordo com o modelo PERMA, 5 elementos são necessários à redução do stress: Emoções positivas, Envolvimento, Relações, Significado e Realização. As necessidades de cada pessoa mudam consoante o contexto. Por exemplo, no passado, um bom salário era a base para a satisfação profissional. Hoje em dia já não é o caso, outros fatores fazem a diferença. Atualmente é extremamente importante que se criem ambientes onde os colaboradores sintam que têm espaço para crescer, partilhar ideias e relacionar os seus valores pessoais com os da organização.
Para além disso, os colaboradores precisam de resiliência e flexibilidade para se manterem empenhados e felizes. A boa notícia é que a resiliência pode ser treinada. A chave está então na combinação entre a oferta de formação aos colaboradores e a criação de um ambiente de trabalho positivo por parte da equipa de RH e de outros stakeholders. Poderá começar a impulsionar a formação em resiliência e flexibilidade através do investimento em cursos online que permitam ajudar a moldar as competências dos colaboradores de forma a sentirem que estão não só a investir no seu presente, mas também no seu futuro.
O trabalho híbrido não resulta se não tiver as competências digitais adequadas. Mas quais são as competências que devem ser promovidas na sua organização? Os candidatos óbvios são sempre os cursos de Microsoft Office e outros relacionados com a utilização das redes sociais para a melhoria dos resultados do negócio. Mas como pode motivar aqueles colaboradores que estão mais hesitantes e que têm receio de expor a sua vulnerabilidade no desenvolvimento das suas competências digitais? Pode começar por conversar com as suas equipas sobre como é que elas gostariam de se ver no futuro e encorajá-las a desenvolverem as suas competências digitais em conjunto.
A necessidade de uma rápida adoção de novas tecnologias para além de ter aumentado a procura por profissionais digitalmente qualificados, aumentou também o gap de competências digitais. Considerando que este fosso era já uma preocupação antes da pandemia, é também uma questão que deveria ser uma prioridade para todos nós atualmente. Um fosso crescente pode levar a uma crise de desigualdade ainda maior entre diferentes comunidades e áreas. A necessidade de colmatarmos estas diferenças é imperativo para o futuro da sua organização e todos devem ser envolvidos neste processo.
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