Porque é que as organizações se devem preocupar
em ter um local de trabalho inclusivo para LGBTQIA+
É seguro dizer que os seus colaboradores são uma representação em ponto pequeno da nossa sociedade. É quase certo que trabalha com pessoas de diversos contextos, religiões, géneros ou orientações sexuais. Por isso, é importante garantir um ambiente de trabalho inclusivo para estes grupos. Explicamos-lhe porquê!
Acolha a comunidade LGBTQIA+ de braços abertos
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Se consultarmos as estatísticas, ficamos a saber que entre 6% a 10% da população da Europa e dos EUA é parte da comunidade LGBTQIA+. É provável que esta estatística também exista na sua organização. Sendo assim, deve certificar-se de que cria um ambiente de trabalho inclusivo para todos os colaboradores. Não quer deixar ninguém de parte, pois não?
Neste artigo:
O número de pessoas que se identifica como LGBTQIA+ cresce anualmente.
Mais de 20% da geração Z identifica-se como LGBTQIA+. Qual a implicação no futuro?
Informação importante que deve ter em consideração quando criar a sua estratégia de inclusão da comunidade LGBTQIA+.
1 em cada 5 pessoas da geração Z é parte da comunidade LGBTQIA+
É importante que perceba por que tem mesmo de se preocupar com a comunidade LGBTQIA+. Segundo um estudo conduzido pela Gallup em 2021, o número de pessoas que se identifica como LGBTQIA+ duplicou nos últimos 10 anos. Os resultados das sondagens lançados no mesmo ano mostram-nos que 7,1 % dos adultos identificam-se como LGBTQIA+. Em 2012, eram 3,5%.
O que é interessante reparar é que o maior número de pessoas que se identifica como parte da comunidade pertence à Geração Z. Mais de 20% das pessoas da geração Z identifica-se como LGBTQIA+. A geração Z é a que veio imediatamente a seguir aos Millenials. De acordo com os investigadores, as pessoas que pertencem à geração Z são as que nasceram entre 1997 e 2017.
O número de pessoas que se identificam como LGBTQIA+ está a aumentar porque, no geral, as sociedades aceitam mais as diferentes orientações sexuais. Além disso, há cada vez mais pessoas da geração Z e cada vez menos pessoas das gerações mais antigas.
Segundo o Senior Editor da Gallup, Jeffrey Jones, “eles cresceram numa sociedade em que ser LGBTQIA+ é muito mais comum do que em outras gerações e não é algo que devemos esconder.” Ele continua “claro que ainda há alguma discriminação, mas esta é bastante inferior à que existia quando as gerações mais antigas estavam a crescer… há duas coisas que estão a acontecer — os comportamentos e as atitudes estão a mudar e a população também está a mudar.”
Se esta comunidade está a aumentar na sociedade em geral, claro que também vai aumentar nos locais de trabalho por este mundo fora. Um ambiente de trabalho inclusivo para as pessoas LGBTQIA+ permite melhorar o bem-estar dos seus colaboradores. Consequentemente, a implementação de uma estratégia de inclusão revela-se cada vez mais importante na atração, fidelização e desenvolvimento do talento na sua organização.
Lembre-se que também há diversidade dentro da comunidade LGBTQIA+
Algumas pessoas pensam que a comunidade LGBTQIA+ só é composta por homossexuais. Mas esta inclui muitas mais pessoas. LGBT é uma sigla para “Lésbica”, “Gay”, “Bissexual” e “Transgénero”. Esta sigla é bastante utilizada desde os anos 90, tal como as suas variantes. Esta inclui a sexualidade, orientação sexual e identidade de género. Ao longo dos anos, acrescentaram-se outras letras para incluir os termos “Queer”, “Intersexo” e “Assexual ou Agénero”.
Uma boa estratégia de diversidade e inclusão é essencial para incluir a comunidade LGBTQIA+
Esta comunidade é única e é importante aperceber-se de que só consegue criar um local de trabalho inclusivo para LGBTQIA+, se aceitar e celebrar todas as diferenças dentro da sua organização. É essencial ter uma boa estratégia de diversidade e inclusão!
Asad Dhunna, antigo Diretor de Comunicação do London Pride, fundador e CEO da The Unmistakables, e mais importante ainda, protagonista da nossa Masterclass sobre Diversidade e Inclusão (disponível em inglês) partilhou connosco que “há várias comunidades dentro da comunidade LGBTQIA+, como muitas pessoas já sabem. É importante que percebamos as nossas diferenças. A vida de um gay nos seus 30 anos é diferente de uma pessoa transgénero nos seus 20 anos. Logo, as pessoas de dentro e de fora da comunidade têm de ter noção que esta desigualdade também existe. Temos de trabalhar para melhorar a vida de todos.”
Muitas vezes, a forma das organizações contribuírem para o Mês do Orgulho é pôr um arco-íris no seu logo ou participar na Marcha do Orgulho. Mas é preciso fazer muito mais do que isto. É necessário que a gestão se certifique, a nível interno, que os colaboradores da comunidade LGBTQIA+ são tratados da mesma forma que os colaboradores heterossexuais ou cisgénero.
“A melhor dica que posso dar às organizações é que realmente oiçam os seus colegas, para perceberem que tipo de experiências é que estão a ter no seu local de trabalho e como é que elas podem ser melhoradas.”
Dar uma voz à comunidade LGBTQIA+ da GoodHabitz:
Nós ouvimos o Asad e fomos logo falar com a comunidade LGBTQIA+ da nossa empresa. Pedimos aos nossos colegas da GoodHabitz que partilhassem as suas experiências e alguns disseram que também gostavam de partilhar estas experiências com os profissionais de RH.
Entrevistámos Nadine Pohle (Customer Success Manager da Europa Central), Kevin Lamers (Content Marketing Strategist), Felipe Nyland (Marketing Manager do Brasil), Linda Kilders (Senior Sales Manager da Alemanha) e Robert Geerken (HR Manager).
Juntos escrevemos um artigo com dicas e experiências da comunidade para ajudar os profissionais de RH a aplicar medidas inclusivas nas suas organizações. Leia o artigo completo aqui.
Abordámos os seguintes temas: - O que é um local de trabalho inclusivo para LGBTQIA+. - Assumir-se no local de trabalho. - A importância das microagressões no local de trabalho.
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